26 de jul. de 2011

Brasil é líder em juros reais no mundo desde janeiro de 2010

 
A decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) de elevar a taxa básica de juros do país em 0,25 p.p. (ponto percentual), para 12,50% ao ano, fez com que o Brasil continue na liderança do ranking dos países com maiores juros reais do planeta.
O Brasil ocupa a primeira posição do ranking desde janeiro de 2010, quando ultrapassou o segundo colocado à época, a Indonésia, após a quarta manutenção consecutiva da Selic.
Com a alta, os juros reais foram a 6,77% ao ano. Na segunda posição aparece a Hungria, com taxa real de 2,4%. Na terceira posição está o Chile, com 1,8%.
Segundo levantamento da corretora Cruzeiro do Sul, para que o Brasil deixasse a primeira colocação no ranking, seria necessário um corte de 5 p.p. na taxa Selic. Assim, o país chegaria a um juro real de 2,3%, ocupando a segunda posição, atrás da Hungria (2,4%).
Apesar do aumento da Selic, a taxa real de juros recuou de 6,86% na reunião do Copom de junho para 6,77% ao ano na reunião atual. Esse número considera a taxa básica descontada a inflação projetada para os próximos 12 meses. Como as projeções de inflação subiram mais que os juros, a taxa real ficou menor.
O ranking é elaborado por Jason Vieira, analista internacional da Cruzeiro do Sul Corretora, com 40 das maiores economias do planeta. Da taxa básica, foi descontada a inflação projetada para os próximos 12 meses.
De acordo com os analistas, a alta recente nos preços das commodities influencia nas projeções de inflação pelo mundo.
"A inflação de commodities mantém um peso diferenciado em algumas projeções de inflação mundo afora, principalmente nas economias emergentes, o que alterou diversas projeções de índices de preços e conseqüentemente, algumas colocações no ranking", explica Vieira
Enquanto o Brasil reforça sua liderança na lista, mais da metade dos países citados registram juro real negativo. Tanto que a taxa média geral dos 40 países analisados ficou em -0,9%. Os últimos lugares do ranking são ocupados por Venezuela (-6,1%), Hong Kong (-4,5%) e Cingapura (-4,3%).
Vieira acredita ainda que a recente retração dos índices de inflação tende a levar a um posicionamento menos retracionista de política monetária do Banco Central nos próximos meses. Fonte: Folha Online 

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