30 de set. de 2010

Amsterdã pela manhã

Do blog do pretinho básico


Amsterdã, Holanda, hoje pela manhã…


Morre aos 85 anos Tony Curtis

Trailer do filme de Billy Wilder, com Marilyn Monroe, Tony Curtis e Jack Lemmon, considerada a melhor comédia de todos os tempos

Nota da CGU - Controladoria Geral da União sobre o caso Erenice

Do blog do Nassif (exclui somente os comentários iniciais de quem postou)

Confira a íntegra das notas técnicas sobre as apurações já concluídas.
Matra Mineração

Uma das auditorias já concluídas diz respeito a suposto beneficiamento à empresa Matra Mineração Ltda, do empresário José Roberto Camargo Campos, pelo Departamento Nacional de Produção Mineral, que em 2004 teria arquivado indevidamente 14 multas aplicadas à empresa. As multas, decorrentes de diversos processos, foram de fato anuladas em decorrência de erros apontados pela própria Procuradoria-Geral do órgão quanto aos seus respectivos valores, mas foram reaplicadas com os valores corretos e republicadas no Diário Oficial da União, edição de 20.08.2008.
Os débitos relativos tanto às multas quanto à Taxa Anual por Hectare (TAH) em atraso, totalizando R$ 129,4 mil, foram parcelados após processos regulares e divididos em 60 parcelas, das quais foram pagas 25, restando ainda 35 não vencidas.

Cartilha do Tiririca

Falando no Filósofo contemporâneo, recebi por e-mail uma suposta cartilha distribuída pelo candidato. Não sei se é verdadeira.
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Pior do que está, pode ficar



O filósofo contemporâneo Tiririca afirmou que se for eleito pior do que tá não fica.


Weslian Roriz, nova candidata ao governo do Distrito Federal e, substituição ao seu marido Joaquim Roriz comprova que pode ficar pior.


A nomeação política dos Ministros do STF

O grande problema das nomeações políticas dos Ministros do STF ficou evidenciado nesta quinta feira (30/09/10).

O STF, conforme já noticiado na mídia e mesmo neste blog, vota a questão da obrigatoriedade de portabilidade de 02 documentos no momento do voto.

Questão que ao meu ver restringe o exercício da cidadania, até porque o documento com foto, cumpriria a intenção da Lei, qual seja, evitar que alguém vote portando documento de terceiro.

O STF debatia a questão, com ampla maioria (07 ministros) se manifestando pela dispensa do título, por que a Lei ordinária restringia norma programática e princípio constitucional.

Em outro local, reporter da Folha de São Paulo flagra Serra ligando para Gilmar Mendes, Ministro do STF, ex-advogado geral da União do governo FHC, nomeado ministro da corte por este.

Gilmar é sabidamente um dos minstros do STF que mais demonstram as suas tendências ideológicas e gratidão política.

Para a surpresa do plenário, logo após a suposta ligação descrita pela Folha, Gilmar pede vistas em um processo de baixa complexidade.

A dispensa de um dos documentos, segundo analistas políticos, beneficiaria a candidata Dilma Rousseff.

Se existiu mesmo a ligação (tanto Serra, como Gilmar negam) evidencia-se que é muito difícil um Ministro nomeado por um presidente esqueça da gratidão devida.

 E mesmo que exista a ligação e esta não tratasse do assunto, cria-se um sentimento social de subserviência do nomeado àquele (pessoa ou partido) que nomeou.

 Um poder judiciário independente em todas as estâncias é garantia de isenção e respeitabilidade social.

A democracia evolui e certos paradigmas devem ser modificados.

Desdobramentos sobre a interferência de Serra no STF


Do Terra Magazine


Nos corredores do Supremo, fala-se em impeachment de Gilmar Mendes


1. A matéria apresentada pelo Jornal Folha de S. Paulo é de extrema gravidade. Pelo noticiado, e se verdadeiro, o ministro Gilmar Mendes e o candidato José Serra, tentaram, por manobra criminosa, retardar julgamento sobre questão fundamental, referente ao exercício ativo da cidadania: o direito que o cidadão tem de votar.
Atenção: Gilmar e Serra negam ter se falado. Em outras palavras, a matéria da Folha de S.Paulo não seria verdadeira.
Pelo que se infere da matéria, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes interrompeu o julgamento do recurso apresentado pelo PT. Pela ação proposta, considera-se inconstitucional a obrigatoriedade do título eleitoral, acrescido de um documento oficial com fotografia.
O barômetro em Brasília indica alta pressão. Pressão que subiu com o surpreendente pedido de “vista” de Mendes. E que chegou no vermelho do barômetro com a matéria da Folha. Ligado o fato “a” (adiamento) com o “b” (pedido de Serra), pode-se pensar no artigo 319 do Código Penal: crime de prevaricação.
Já se fala entre políticos, operadores do Direito e experientes juristas, caso o fato noticiado na Folha de S.Paulo tenha ocorrido e caracterizado o pedido de Serra para Gilmar “parar” o julgamento, em impeachment do ministro.
O impeachement ecoa na “rádio corredor” do Supremo. E por eles circulam ministros e assessores.
Com efeito. O julgamento da ação proposta pelo PT transcorria sem sobressaltos. Não havia nenhuma dificuldade de ordem técnica-processual. Trocando em miúdos, a matéria sob exame dos ministros não tinha complexidade jurídica. Portanto, nenhuma divergência e com dissensos acomodados e acertados.
Sete ministros já tinham votado pelo acolhimento da pretensão apresentada, ou seja, ao eleitor, sem título eleitoral, bastaria apresentar um documento oficial, com fotografia. A propósito, a ministra Ellen Gracie observou que a exigência da lei “só complica” o exercício do voto.

A educação no Brasil segundo a Revista Nature

Do blog do Nassif

Por mmlimajr
Caro Nassif,
A revista Nature, a publicação científica mais conceituada do mundo, publica em sua edição de hoje um artigo (http://www.nature.com/news/2010/100609/full/465674a.html) sobre a sucessão presidencial brasileira.
Das materias publicadas no exterior sobre nossas eleições, esta é de longe a que mais me deixou contente. O arquivo anexo tem uma cópia do mesmo em inglês. Não tenho tempo agora para traduzí-lo integralmente. Segue uma tradução livre de somente os dois primeiros paragrafos.
Ciência está segura nas eleições do Brasil
Improvável que próximo chefe de estado modifique o status quo
Como muitos outros brasileiros, os cientistas nacionais esperam que as eleições de 3 de outubro tragam tão poucas mudanças quanto seja possível. Depois de quase uma década de um apoio sólido do presidente Lula a ciência, seu provável sucessor, Dilma Roussef, gera altas expectativas.
A educação formal de Lula pode ser deficiente, mas durante seus 7 anos como presidente elevou o status da ciência no Brasil através de um aumento constante nos fundos para pesquisa (ver gráfico) em realação ao PIB --- o qual também cresceu de maneira impresionante. Ele também aumentou o perfil científico do Brasil escrevendo numerosos editoriais sobre as iniciativas brasileiras relacionadas ao desenvolvimento científico, incluindo um no Scientific American em 2008. O seu ministro de ciência e tecnologia por 5 anos, Sergio Resende, publicou pesquisas sobre teoria de ondas de spin no Physical Review Letters durante seu período no ministério.
(o artigo continua) Ao lado tem uma foto do Lula levantando as mãos da Dilma em algum comício com a seguinte legenda: Dilma Roussef pode ser até melhor para a ciencia brasileira que o presidente Lula.
Para um presidente apedeuta, não está mal, não é? 

Depois de censurar a imprensa, Serra quer obstruir o trabalho do STF

Do blog do Noblat (original na Folha)

Deu na Folha de S. Paulo

Após falar com Serra, Mendes para sessão

Ministro do STF adiou julgamento que pode derrubar exigência de dois documentos na hora de votar, pedida pelo PT
Candidato e ministro negam conversa, que foi presenciada pela Folha; julgamento sobre se lei vale continuará hoje
Moacyr Lopes Junior e Catia Seabra
Após receber uma ligação do candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes interrompeu o julgamento de um recurso do PT contra a obrigatoriedade de apresentação dos dois documentos na hora de votar.
Serra pediu que um assessor telefonasse para Mendes pouco antes das 14h, depois de participar de um encontro com representantes de servidores públicos em São Paulo.
A solicitação foi testemunhada pela Folha.
No fim da tarde, Mendes pediu vista (mais prazo para análise), adiando o julgamento. Sete ministros já haviam votado pela exigência de apresentação de apenas um documento com foto, descartando a necessidade do título de eleitor.
A obrigatoriedade da apresentação de dois documentos é apontada por tucanos como um fator a favor de Serra e contra sua adversária, Dilma Rousseff (PT). A petista tem o dobro da intenção de votos de Serra entre os eleitores com menos escolaridade.
A lei foi aprovada com apoio do PT e depois sancionada por Lula, sem vetos.
Ontem, após pedir que o assessor ligasse para o ministro, Serra recebeu um celular das mãos de um ajudante de ordens, que o informou que Mendes estava na linha.
Ao telefone, Serra cumprimentou o interlocutor como "meu presidente". Durante a conversa, caminhou pelo auditório. Após desligar, brincou com os jornalistas: "O que estão xeretando?"
Depois, por meio de suas assessorias, Serra e Mendes negaram a existência da conversa.
Para tucanos, a exigência da apresentação de dois documentos pode aumentar a abstenção nas faixas de menor escolaridade.
Temendo o impacto sobre essa fatia do eleitorado, o PT entrou com a ação pedindo a derrubada da exigência.
O resultado do julgamento já está praticamente definido, mas o seu final depende agora de Mendes.
Se o Supremo não julgar a ação a tempo das eleições, no próximo domingo, continuará valendo a exigência.
À Folha, o ministro disse que pretende apresentar seu voto na sessão de hoje.
Assinante do jornal leia mais em Após falar com Serra, Mendes para sessão

Neoliberalismo em baixa

Do editorial do Diario Catarinense de 29 de setembro de 2010

Neoliberalismo em baixa

As notícias da última sexta-feira (24/09), além de alvissareiras, são extremamente reveladoras. Capitalizada com mais R$ 120 bilhões, a Petrobras torna-se a segunda maior empresa do mundo e arrasta a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) para o mesmo ranking mundial. Salva da fúria privativista de 10 anos atrás, a empresa estatal e os fatos demonstram que os brasileiros são capazes de gerir suas estatais com competência. E condenam o neoliberalismo tropical, literalmente, ao fogo do inferno.

A doutrina neoliberal vem sofrendo o implacável efeito das urnas. De uma representação de 108 deputados federais, os liberais viram-na reduzida a 84 em 2002; depois, a 60 em 2006. E, independente da vontade do presidente da República de extirpá-los da vida pública, não deverão eleger 40 deputados em 3 de outubro. Para quem já teve sete governadores, reduzidos a apenas um em 2006, os prognósticos para a eleição que se avizinha não são os melhores, uma condenação explícita da prática de privatizar os lucros e socializar os prejuízos.

Além do petróleo e dos poucos que escaparam ilesos da ira contra as estatais, o próprio sistema financeiro continua demonstrando a força dos bancos autenticamente nacionais, ameaçados por ocasião do desmonte do patrimônio público. Restou ao sistema privado a missão de caminhar com suas próprias pernas, enfrentando a recente crise internacional sem a farra do Proer, escandaloso programa de socorro aos bancos. A ganância e a inépcia de algumas empresas privatizadas, uma realidade vivenciada por todos, só confirma a tese. Socializar lucros, deixando ao setor privado os riscos inerentes ao próprio capitalismo, definitivamente, parece dar votos.

JOÃO CARLOS MOSIMANN * * ENGENHEIRO E HISTORIADOR

29 de set. de 2010

Comparação das últimas pesquisas


CNT/Sensus:
Dilma tem 47,5% dos votos e Serra, 25,6%…
Votos válidos:
Dilma – 54,7%, Serra tem 29,5% e Marina Silva tem 13,3%.

Ibope
Dilma com 50%, Serra, 27,% e Marina, 13%.

A soma de todos os candidatos atinge 41%, contra 50% de Dilma.
Votos válidos:
Dilma 54%

Datafolha
Dilma 46%, Serra 28% e Marina 14%.
Votos válidos:
Dilma 51%, Serra 32% e Marina 16%.

Tracking Vox populi/Band
Dilma 49%, Serra 26% e Marina 12%.
Votos Válidos:

Dilma 55¨%, Serra

Comentário: Como já comentado em inúmeros blogs, os únicos números que destoam são os do Datafolha.
O engraçado foi o Merval Pereira ir ao êxtase na terça com o Datafolha, fazendo inclusive uso de seu poder de prever o futuro. Hoje, com a publicação de outras pesquisas, Merval sumiu.




Avaliação da pesquisa Datafolha

Do blog Viomundo


Emir Sader: “No mínimo, está havendo manipulação na margem de erro”

por Conceição Lemes
O Datafolha divulgou pesquisa nesta terça-feira pesquisa dizendo que Dilma Rousseff (PT) caiu três pontos percentuais em relação ao último levantamento, realizado em 21/22 de setembro. Neste, ela tinha 49%. No de hoje, 46%. O candidato José Serra (PSDB) manteve os 28% da semana passada. Já Marina Silva (PV) teria subido de 13% para 14%. Portanto, um ponto percentual.
Desde cedo, essa pesquisa, claro, está sob bombardeio intenso na internet. Conversamos sobre o assunto com o sociólogo político Emir Sader, professor da Universidade Federal Fluminense (UFF).
Viomundo – Como o senhor avalia as pesquisas divulgadas ao longo desta campanha?
Emir Sader – A evolução foi muito convergente. Começou com um recall forte da parte do Serra. Mas com preferências de votar na candidata do Lula. Então, era previsível que no decorrer da campanha houvesse transferência de intenção de voto do Serra para a Dilma. Foi o que aconteceu.
A Dilma está hoje na casa dos 50% e o Serra na, dos 25%  para baixo. Aparentemente a  grande intenção de votos que o Serra tinha no começo  era recall mesmo. Até porque, todos nós vimos, ele desmoronou. Tudo o que se propalava sobre o governo Serra foi por água abaixo. Ele está perdendo na capital e no estado no Estado de São Paulo.
Viomundo – O que achou da pesquisa do Datafolha de hoje?
Emir Sader – Anômala. Ela botou 3% a menos para a Dilma e 1% a mais para a Marina. Enquanto as pesquisas em geral dão 10% de vantagem para Dilma em relação à soma dos outros candidatos, o Datafolha deu 4%. Enquanto o Datafolha cogita o segundo turno, Sensus, Vox Populi e Ibope continuam jurando que vai dar Dilma no primeiro turno.
Viomundo – O Datafolha vai manter isso até o final?
Emir Sader – Não dá para saber. Afinal, não nos esqueçamos que a dona Judith Brito, executiva da Folha e presidente da Associação Nacional de Jornais (ANJ), disse que eles são um partido político. Mas é possível que o Datafolha tenha feito esta operação, veiculada hoje, depois faça o ajuste final, para não perder o pouco de credibilidade que ainda tem. Se chegar  à eleição com a diferença de 2% e resultado for 8%, 10% , vai pesar muito para o lado do Datafolha.

28 de set. de 2010

Em quem votar?

Nos Posts abaixo três artigos onde pessoas ou jornais divulgam seu voto ou apoio, bem como os fundamentos para a sua decisão.

O Estadão é um grande jornal paulista, que corajosamente, em que pese a cobertura parcial, declina quem apóia e seus motivos para declarar tal apoio.

O segundo post é de Pierre Lucena que destaca a biografia de Marina.

O terceiro é do ótimo Blog Na prática a teoria é outra, onde relata as conquistas dos últimos oito anos.

Porque apoiarei o Serra

Editorial Do Estadão


"Editorial: O mal a evitar
A acusação do presidente da República de que a Imprensa "se comporta como um partido político" é obviamente extensiva a este jornal. Lula, que tem o mau hábito de perder a compostura quando é contrariado, tem também todo o direito de não estar gostando da cobertura que o Estado, como quase todos os órgãos de imprensa, tem dado à escandalosa deterioração moral do governo que preside. E muito menos lhe serão agradáveis as opiniões sobre esse assunto diariamente manifestadas nesta página editorial. Mas ele está enganado. Há uma enorme diferença entre "se comportar como um partido político" e tomar partido numa disputa eleitoral em que estão em jogo valores essenciais ao aprimoramento se não à própria sobrevivência da democracia neste país.
Com todo o peso da responsabilidade à qual nunca se subtraiu em 135 anos de lutas, o Estado apoia a candidatura de José Serra à Presidência da República, e não apenas pelos méritos do candidato, por seu currículo exemplar de homem público e pelo que ele pode representar para a recondução do País ao desenvolvimento econômico e social pautado por valores éticos. O apoio deve-se também à convicção de que o candidato Serra é o que tem melhor possibilidade de evitar um grande mal para o País.
Efetivamente, não bastasse o embuste do "nunca antes", agora o dono do PT passou a investir pesado na empulhação de que a Imprensa denuncia a corrupção que degrada seu governo por motivos partidários. O presidente Lula tem, como se vê, outro mau hábito: julgar os outros por si. Quem age em função de interesse partidário é quem se transformou de presidente de todos os brasileiros em chefe de uma facção que tanto mais sectária se torna quanto mais se apaixona pelo poder. É quem é o responsável pela invenção de uma candidata para representá-lo no pleito presidencial e, se eleita, segurar o lugar do chefão e garantir o bem-estar da companheirada. É sobre essa perspectiva tão grave e ameaçadora que os eleitores precisam refletir. O que estará em jogo, no dia 3 de outubro, não é apenas a continuidade de um projeto de crescimento econômico com a distribuição de dividendos sociais. Isso todos os candidatos prometem e têm condições de fazer. O que o eleitor decidirá de mais importante é se deixará a máquina do Estado nas mãos de quem trata o governo e o seu partido como se fossem uma coisa só, submetendo o interesse coletivo aos interesses de sua facção.

Porque votarei em Marina

Do blog Amalgama


por Pierre Lucena * 


Blog acerto de contas
-- Maria Osmarina Marina Silva Vaz de Lima --
Conheci a senadora Marina Silva em um evento promovido pelo meu blog, em março deste ano, na Universidade Federal de Pernambuco. É impossível não se render aos apelos daquela mulher corajosa, que largou toda uma vida no PT para defender uma bandeira na qual acredita. Mas muito mais do que isso. Marina Silva representa o que Lula tem de melhor em sua biografia, sem o que o seu governo tem de pior, que são as negociatas com adesistas.
Como com todos os outros candidatos, não concordo com tudo que Marina defende. Suas preferências religiosas não me agradam, assim como algumas poucas parcerias, mas isso não tem a menor importância perto da dimensão que representa sua candidatura. Ao mesmo tempo em que apresenta uma ideia concreta, que é a defesa do meio-ambiente e do desenvolvimento sustentável, lança sinais para um país que queremos, com decência e honestidade.
Marina nasceu pobre, lutou, estudou, virou professora, deputada, senadora, ministra e agora candidata à Presidência da República. O voto em Marina representa, além do resgate da ética e da decência, também um protesto silencioso contra o bipartidarismo cartorial brasileiro. Meia dúzia de paulistas decidiram a candidatura de Serra, e Lula decidiu a candidatura de Dilma. O bravo Ciro Gomes foi apunhalado covardemente, ficando isolado, sem chances de concorrer e colocar suas ideias. Marina resistiu, mudou de partido, apresentou suas ideias, e agora precisa do nosso apoio. Aqui no Brasil Obama jamais conseguiria virar presidente.

Por que Votarei na Dilma


Do Blog Na prática a teoria é outra
O Blogueiro define seu voto e dia a razão
Os três principais candidatos nessa eleição presidencial são muito bons. A terceira colocada deve ser Marina Silva, e Marina Silva seria melhor presidente que 90% dos presidentes do mundo. Levando em conta só os competitivos, nos últimos dezesseis anos só Garotinho (que a The Economist traduzia como “Little Kid”) avacalhou nosso currículo, onde, na minha modesta opinião, devemos ter orgulho de ostentar Lula e FHC.
Mas é preciso escolher, e, no que se segue, argumentarei que a melhor opção para o Brasil no momento é uma ex-guerrilheira nerd.
1.
Um bom governo, na minha opinião, deve (a) ser democrático, (b) não avacalhar a estabilidade econômica, e (c) combater a pobreza e a desigualdade. Por esses critérios, o governo Lula foi indiscutivelmente bom.
O governo Lula, tanto quanto o governo FHC, foi um governo democrático. Quem lê jornal no Brasil não apenas percebe que é permitido falar mal do governo, mas pode mesmo ser desculpado por suspeitar que falar mal do governo é obrigatório por lei. Os partidos de oposição atuam com plena liberdade, os movimentos sociais, idem, e, aliás, eu também. O Olavo de Carvalho se mandou para os Estados Unidos, dizem que com medo de ser perseguido politicamente, mas, se tiver sido por isso, foi só frescura. De qualquer modo, nunca antes nesse país exportamos tantos Olavos de Carvalho.
A economia foi muito bem gerida durante a Era Lula, a despeito do que falam muitos petistas (talvez preocupados com a falta de oposição competente). Companheiros, deixemos de falar besteira: a política econômica foi um sucesso. Mantivemos o bom sistema de metas de inflação implantado por Armínio Fraga no (bom) segundo governo FHC, e acrescentamos a isso: uma preocupação quase obsessiva por acumular reservas internacionais, a excelente ideia de comprar de volta nossa dívida em dólar, e medidas de incentivo fiscal quando foi necessário. A dívida como proporção do PIB caiu consideravelmente, e só voltou a subir quando foi necessário combater a crise. Certamente voltará a cair já agora.
Por essas e outras, fomos os últimos a entrar e os primeiros a sair da maior crise econômica desde 1929. Os tucanos se consideravam uma espécie de Keynes coletivo por terem sobrevivido à crise do México. Com muito menos custo, sobrevivemos à crise dos EUA. E isso se deu porque a economia durante a Era Lula foi muito mais bem administrada do que durante o primeiro governo FHC. No segundo governo FHC, aí sim, a economia foi bem gerida, e Lula fez muito bem em copiar seus métodos de gestão.

A Nona nomeação de um Ministro do STF pelo presidente Lula

Há muito se discute nos meios jurídicos a indicação, pelo presidente, dos ministros do STF.

É reiteradamente levantada a questão da subordinação dos Ministros àquele que os indicou, e a moldagem do Tribunal aos anseios do presidente ou ainda do uso político da nomeação, posto que muitas vezes as nomeações são de cunho político sem se ater a requisito do saber jurídico.

É imperioso o debate sobre a necessidade de modificação da forma de constituição do STF e futuramente a desvinculação da nomeação pelo executivo.

Segue abaixo link da discussão no blog do Ricardo Setti

http://veja.abril.com.br/blog/ricardo-setti/politica-cia/lula-fara-sua-nona-nomeacao-para-o-supremo-que-tem-11-ministro-isto-significa-riscos-para-o-tribunal-ou-para-a-democracia/

A isenção da Folha IV

Do blog do Luis Nassif


Por Ricardo Montero
Hoje, recebi um email da ombudsman da Folha de São Paulo. Transcrevo abaixo meu email e a resposta obtida...
"Prezada omdudsman,
o que justifica a Folha nada comentar a respeito da matéria da Carta Capital desta semana, que mostra a violação do sigilo bancário de 60 milhões de brasileiros pela firma Decidir.com, ocorrida em 2001, sendo a empresa de proprieda de Verônica Dantas e Verônica Serra?
O que justifica a Folha, ao repercutir a matéria da Veja desta semana (caso Erenice Guerra), engolir a versão do repórter da Veja, apesar de desmentidos categóricos vindos até de sua suposta fonte (que inclusive é erradamente apresentado pela revista como dono de uma empresa envolvida no imbroglio)? A folha não deveria agira com mais cuidados neste caso?
Enfim, nos últimos tempos, a Folha tem se superado na ruindade. Saudades do Frias-pai!
Cordialmente
Ricardo Montero"
A resposta:
Caro Ricardo,
agradeço sua manifestação. Abaixo transcrevo resposta de Alan Gripp, da editoria do caderno Poder.
Atenciosamente,
Suzana Singer
"Nós estamos apurando a história, mas não tivemos acesso ainda ao processo (em sigilo)."  
comentário: Há bom, quando a Veja lança matéria primeiro repercute depois se aprofunda na investigação.

Bela isenção do jornal. 

Qual será a verdade sobre os bens de Raul Jungmann II

Do Blog Acerto de contas

Sou político e não sou rico, algum problema?


Por Raul Jungmann *

A minha declaração de bens como candidato ao Senado por Pernambuco gerou perpelxidade, curiosidade e virou pauta jornalística. R$ 17.897,89 é tudo que possuo, tendo sido secretário de Estado, presidente do Ibama, do Incra, secretário-executivo do Ministério do Planejamento, ministro do Desenvolvimento Agrário, presidente do conselho de administração do BNDES, vice-presidente do conselho do Banco do Brasil e deputado federal por dois mandatos.
Não tenho imóvel próprio, empresas, ações, poupança, investimentos, terras, ouro, dólares ou jóias. Jamais sequer caí na malha fina da Receita Federal. Não tenho bens em nome de filhos e/ou parentes e, quando no exercício de cargos públicos, abri mão do meus sigilos bancário e fiscal – e também não tenho dívidas.
Vivo no mesmo apartamento alugado há mais de dez anos e tenho dois carros financiados, em60 meses, um comigo e outro com meus filhos.
Certamente, durante mais de 20 anos de vida pública na alta administração federal e estadual, tive sob minha responsabilidade bilhões de reais.
Aliás, me lembro, e ele me recordou recententemente, que ao me despedir do presidente Itamar Franco, em 1994, lhe agradeci ter entrado e saído do seu governo com o nome limpo e R$ 200,00 na conta bancária, do que ele riu muito.
Aos 58 anos de idade e 40 de política, continuo acreditando que esta é uma ferramenta de transformação do mundo para melhor. E que política sem valores, ética e respeito é barbárie, corrupção e violência.
Em absoluto sou melhor do que alguém por isso e tenho convicção que muitos pensam e agem como eu, graças a Deus. E considero o moralismo e os moralistas execráveis.
Político algum pode enriquecer com base nos subsídios que ganha, ainda que o que receba seja muito acima da média do povo brasileiro. E, se enriqueceu, que se explique.
Aliás, em 1996, eu e os deputados Fernando Gabeira e Luiza Erundina derrubamos no Supremo Tribunal Federal (STF) um aumento exorbitante de 91% que as Mesas da Câmara e do Senado se autoconcediam. Não por ser ilegal, mas por ser imoral.
Tenho saúde, amigos,  dois filhos lindos e faço o que gosto. Sou político e não sou rico. Nenhum problema.

Comentário: Quem se habilita a desvendar o enigma!

Qual será a verdade sobre os bens de Raul Jungmann

Do sítio do MPF, sobre desvios no Incra


MPF/DF denuncia Raul Jungmann por desvio no Incra

11/01/2007
11/01/2007 08:30
A Procuradoria da República no Distrito Federal entrou com ação por improbidade administrativa contra o ex-ministro do Desenvolvimento Agrário do governo Fernando Henrique Cardoso e atual deputado federal pelo PPS-PE, Raul Jungmann, e mais oito pessoas. O grupo é acusado de participar de um esquema de desvio de recursos públicos para pagamento de contratos de publicidade no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), entre 1998 e 2002. Também foram processadas as empresas RRN Comunicação e Marketing S/C Ltda - Informe Comunicação; Casablanca Comunicação e Marketing Ltda; e Artplan Comunicação.
Segundo o Ministério Público Federal (MPF), os contratos de publicidade firmados entre o Incra e as empresas Casablanca e Artplan causaram prejuízos de cerca de 33 milhões de reais aos cofres públicos. O esquema de desvio de verba acontecia, entre outras modalidades, por meio de subcontratações sucessivas e superfaturadas, sem qualquer procedimento licitatório ou fiscalização.
Também ficou provado que, na prática, toda a parte de assessoria de imprensa dos contratos de publicidade era executada sem licitação pela RRN Comunicação, subcontratada pelas empresas Casablanca e Artplan. Por sua vez, a RRN também subcontratava outras empresas para prestar os serviços. Entre os problemas encontrados pelo MPF estão termos aditivos irregulares, subcontratação de empresas fantasmas, compra de notas fiscais frias, pagamento por serviços não prestados, superfaturamento, entre outros.

Juristas em defesa da democracia

Em uma democracia, todo poder emana do povo, que o exerce diretamente ou pela mediação de seus representantes eleitos por um processo eleitoral justo e representativo. Em uma democracia, a manifestação do pensamento é livre. Em uma democracia as decisões populares são preservadas por instituições republicanas e isentas como o Judiciário, o Ministério Público, a imprensa livre, os movimentos populares, as organizações da sociedade civil, os sindicatos, dentre outras.
Estes valores democráticos, consagrados na Constituição da República de 1988, foram preservados e consolidados pelo atual governo.
Governo que jamais transigiu com o autoritarismo. Governo que não se deixou seduzir pela popularidade a ponto de macular as instituições democráticas. Governo cujo Presidente deixa seu cargo com 80% de aprovação popular sem tentar alterar casuisticamente a Constituição para buscar um novo mandato. Governo que sempre escolheu para Chefe do Ministério Público Federal o primeiro de uma lista tríplice elaborada pela categoria e não alguém de seu convívio ou conveniência. Governo que estruturou a polícia federal, a Defensoria Pública, que apoiou a criação do Conselho Nacional de Justiça e a ampliação da democratização das instituições judiciais.

27 de set. de 2010

Radiografia dos oito anos do governo Lula

Em que pese, seja desenvolvida pelo PT, os números batem com os informados na grande imprensa, apenas algumas irrelevantes diferenças pontuais

http://www.pt.org.br/portalpt/dados/bancoimg/100820164847Cartilha_REVISADA_FINAL_SITE_Layout_1.pdf

Tempo de Refletir

Do Blog do Nassif, postado por Silvana.
Original no Terra Magazine
Cláudio Lembo
De São Paulo
Segunda, 27 de setembro de 2010, 08h00 Atualizada às 08h22 
Nesta segunda feira, cada eleitor poderá dizer: no domingo, as eleições. A campanha cívica aproxima-se de seu final. Todos os segmentos sociais e todas as idéias políticas tiveram seu espaço.
Nunca tantos partidos de esquerda ofereceram seus posicionamentos. Raras vezes, como nesta campanha, a direita mostrou todo o seu furor. Reuniu-se em pequenos grupos. Criou falsos temores.
A democracia conviveu com todos os antagonismos de forma serena e superior. Os grandes setores sociais mostraram-se críticos, sem provocar qualquer extremismo.

O falso risco a democracia


Do blog do luis Nassif, artigo original de Vladimir Safatle para a Folha


Vladimir Safatle: Os que "defendem a democracia" - 27/09/2010


VLADIMIR SAFATLE

Os que "defendem a democracia'

Por trás dessa "defesa", há uma mutação; com esses defensores, a democracia não precisa de inimigos

A RETA FINAL desta campanha presidencial talvez seja lembrada como o início de um certo realinhamento da política brasileira. Durante o governo Lula, vimos várias críticas às práticas políticas do consórcio governista. De fato, um dos pontos fracos do governo foi a ausência de vontade política capaz de ultrapassar os vícios institucionais da democracia brasileira, suas negociações obscuras, impronunciáveis, assim como de inaugurar um ciclo de aprofundamento das práticas de participação popular na gestão do Estado.

No entanto, não foram problemas dessa natureza que levaram a oposição a terminar a campanha presidencial vociferando acusações como "fascismo", "igual a Mussolini", "chavismo", "autoritarismo" e "destruidor da liberdade de expressão e da democracia". Uma subida de tom que, provavelmente, não desaparecerá nos próximos anos. Por trás dessa "defesa" da democracia e da liberdade, há uma estranha mutação do sentido das palavras. Isto a ponto de podermos dizer que, com defensores desta natureza, a democracia brasileira não precisa de inimigos.
Por exemplo, eles gostam de dizer que a democracia exige instituições fortes e estáveis, mas normalmente temem qualquer um que lembre que, acima de tudo, a democracia exige poder instituinte soberano e sempre presente.