Higienópolis (cidade da higiene) rechaçou a chegada do metrô. Haveria uma estação no local onde hoje funciona um supermercado Pão de Açúcar, na av. Angélica, esquina com a rua Sergipe. Morei anos ali.
Para quem não conhece, é um bairro rico e central de São Paulo.
Esse canto abrigaria a ex-futura estação do coletivo, agora deslocada para o Pacaembu, com bem menos concentração de pessoas.
O lobby dos ricos venceu. O governo tucano tucanou de novo diante da pressão dos moradores.
Empregadas, babás, porteiros, faxineiros, feirantes, garis, funcionários do Pão de Açúcar e milhares de empregados do bairro que servem diariamente os moradores continuarão sem a melhor, mais rápida, pontual, organizada e limpa opção de transporte público.
Temia-se o aparecimento de camelôs nas redondezas. De "uma gente diferenciada", um morador chegou a dizer.
Reclama-se muito que São Paulo não consegue ser cosmopolita, democrática.
Vamos a Nova York e à Europa e voltamos deslumbrados. Carentes da não dependência do carro e saudosos de "civilização".
Não conseguimos fazer o mesmo onde vivemos.
Conviver com o próprio povo é um porre.
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