28 de jun. de 2011

Presídio: “Tudo errado”

Do blog do Moacir Pereira

28 de junho de 2011

O governador Raimundo Colombo atravessa um novo inferno astral com esta absurda fuga em massa do complexo penitenciário de Florianópolis, causando mais insegurança na sociedade. Uma população que já vive assustada com o aumento da criminalidade. Até policiais militares os traficantes estão executando, sem que uma autoridade maior se imponha e coloque ordem na casa. Já houve casos da polícia civil fechar as portas “por medida de segurança”. Seria cômico se não fosse trágico.
O diretor demissionário da Penitenciária Estadual de Florianópolis, Joaquim Walmor de Oliveira, o Juca, é considerado no sistema prisional como um agente zeloso e competente. Nos dois anos e seis meses em que permaneceu no cargo não ocorreu nenhuma fuga. Ele deixou a direção porque “cansou” de pedir providências do governo para dar mais segurança no complexo. Vivia angustiado com a construção de um Centro de Triagem sem as mínimas condições de operação e continuava a comprometer todo o complexo. Disse claramente que o governo Leonel Pavan montou ali “uma bomba relógio”. A OAB-SC denuncia há meses que o Centro de Triagem é totalmente equivocado na concepção, no projeto, na localização e na construção. Está tudo errado, dizem os advogados criminalistas.
Foi inaugurado com objetivo eleitoreiro, apenas.
Blumenau, Chapecó, Criciúma e outros municípios de Santa Catarina clamam por mais segurança.
No setor saúde, o cenário só não é igualmente caótico porque o secretário Dalmo de Oliveira conseguiu fechar um acordo salarial com os servidores. Mas os hospitais públicos continuam tendo carência de tudo. Continuam com excesso de pacientes nas emergências, transformadas em depósitos humanos. São obras que se arrastam por meses e anos.
A educação dispensa comentários. A greve dos professores entra no 41º.dia e a impressão que fica é de falta de ação do governo. Primeiro, numa negociação real com os membros do magistério. Segundo, com medidas administrativas que eliminassem a situação precária de muitas escolas. O secretário da Educação, Marco Tebaldi, atuou muito pouco no processo, e o adjunto Eduardo Deschamps tinha mais limitações do que procuração ampla para avançar nas negociações.

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