5 de nov. de 2010

José Alencar

Comentário: não conheci a carreira política e empresarial de José Alencar (que feio eim) antes da vice presidência, assim poderá transparecer  limitada a análise. Mas, enquanto vice, onde demonstrou lealdade e ao que parece uma grande amizade com o presidente e nesta última campanha a capacidade de aglutinação e apoio a candidata do presidente, é inegável a força de sua história na continuidade do governo petista. Cometido de uma doença grave, ele, mesmo assim, participou ativamente da construção das transformações sociais econômicas ocorridas na década.

Do Balaio do Kotscho

Internado novamente no hospital Sírio-Libanes, em São Paulo, desde o último dia 25, desta vez para tratar de uma obstrução intestinal, o vice-presidente José Alencar não pode votar no segundo turno, mas não desistiu de dançar um xaxado com a presidente eleita Dilma Rousseff, para comemorar a vitória, como os dois combinaram antes das eleições.
“Passei mal anteontem, mas hoje já estou bem melhor”, foi logo me contando Alencar, quando o visitei na tarde desta quarta-feira, animado com a vida como sempre, fazendo planos para sair logo do hospital. Está descartada uma nova cirurgia, que os médicos chegaram a cogitar. “Desta vez, batemos o pé para não fazer”, explica dona Marisa, a inseparável companheira de Alencar, que me explicou em detalhes os problemas de saúde que ele vem enfrentando, depois de ser submetido a 16 cirurgias.
Mesmo deitado, enfraquecido pelos fortes remédios que está tomando, o vice de Lula se empolga ao falar da sua participação na campanha em Minas, onde a presidente eleita ganhou por larga margem de votos. “A nossa vitória lá, em número de votos, se você comparar o tamanho dos eleitorados, foi proporcionalmente maior do que a do Serra em São Paulo, fez a diferença”.
Alencar se emociona ao contar que fez campanha até do hospital:
“O nosso pessoal andava meio desanimado e desunido depois do primeiro turno, mas eu fui lá e reuni todas as lideranças no auditorinho na minha empresa, e botamos a campanha na rua. Eu que criei o slogan `Dilma é Minas na presidência´. O povo gostou.  Até organizei uma grande carreata com o Lula e a Dilma, foi uma beleza. Cruzamos Belo Horizonte inteira. Durou mais de duas horas. Depois que vim para cá, eles fizeram outra reunião no auditorinho e eu participei por telefone no viva-voz, fui muito aplaudido…”
Ao contrário do que normalmente acontece, quando se faz uma visita a José Alencar no hospital, é o paciente quem deixa a gente mais animado com a vida. “Eu gosto quando a gente fala destas histórias de política…”, disse com um largo sorriso, ao nos despedirmos.

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