3 de nov. de 2010

Federal Reserve destinará mais US$600 bilhões à economia

Comentário: a crise financeira americana criada pelos financistas (aqueles em que FHC confiou a privataria e a condução da política economica brasileira que transformou uma dívida pública de 60 bilhões em mais de um trilhão em meio, sucateou educação e saúde) não tem mais fim.

Do Terra

O Federal Reserve (FED) anunciou nesta quarta-feira que irá comprar US$ 600 bilhões em títulos do Tesouro americano até a metade do próximo ano, como medida de estímulo à economia do país.
A decisão tem o objetivo de reduzir ainda mais os custos dos empréstimos para consumidores e empresas, que ainda sofrem com o período posterior à pior recessão desde a Grande Depressão.
O banco central americano repetiu a promessa de manter a taxa de juros excepcionalmente baixa, entre zero e 0,25% ao ano, por um período prolongado.
Segundo comunicado do FED, desde sua última reunião, em setembro, os dados recebidos mostram que a recuperação da economia e da criação de empregos tem sido lenta. O gasto dos consumidores tem crescido gradualmente, mas é contido pelo alto desemprego, pequeno crescimento da economia interna e crédito escasso.
O FED também afirmou que os gastos das empresas com com equipamentos e softwares tem crescido, mas em um ritmo mais lento em relação ao começo deste ano. O investimento em prédios comerciais é considerado "fraco" pelo banco central americano.
O Fed disse que vai comprar cerca de US$ 75 bilhões por mês em Treasuries de prazo mais longo. A autoridade monetária afirmou também que vai revisar regularmente o ritmo e o tamanho do programa e ajustá-lo conforme a necessidade, dependendo da recuperação do país.
Em seu comunicado após o encontro, o Fed descreveu a economia como "lenta" e disse que os empregadores permanecem relutantes em contratar. O BC dos EUA afirmou ainda que as leituras de inflação estão "um pouco baixas".
"Embora o comitê antecipe um retorno gradual a níveis mais elevados de utilização da capacidade num contexto de estabilidade de preços, o progresso em direção a seus objetivos tem sido lento de uma forma decepcionante", afirmou o banco central americano.
O presidente do Fed de Kansas City, Thomas Hoenig, continou sua série de discordâncias, dizendo que o risco de mais compras de ativos superaria os benefícios.
Em outro relatório, o FED de Nova York informou que vai temporariamente afrouxar uma regra que limita a posse de qualquer ativo a 35%. O FED disse que será permitido que a posse supere esse limite "somente em modestos incrementos".
Incluindo o plano em curso do FED de reinvestir os recursos de ativos em vencimento, o FED de Nova York espera conduzir entre US$ 850 bilhões e US$ 900 bilhões em compras de Treasuries até o final do segundo trimestre de 2011.
Com a economia dos EUA se expandindo a uma taxa anualizada de apenas 2% no terceiro trimestre deste ano e o desemprego insistentemente em torno de 9,6%, o FED vem sofrido pressões no sentido de fazer mais para estimular a atividade.

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