Do Sítio Você Sabia?
Que cachaça não é água, todo mundo já sabe e, quem não sabe, em algummomento da vida vai acabar descobrindo, seja pela ressaca, pela dor ou pelo amor. No entanto, você já parou para pensar de onde vem a branquinha? A marchinha de carnaval acha que vem do Alambique, outros acham mesmo é que ela vem do bar pronta para afogar qualquer mágoa ou potencializar sentimentos de vitória. Sem questionar o mérito da bebida que mais tem a cara do Brasil. Para entendermos o nascimento da mais ardente das águas, precisamos voltar aos primórdios da colonização, com o início da produção açucareira. Naquela época, os portugueses tinham não apenas dominio pelo processo de plantio e cuidado da cana, como também contavam com um clima favorável.
Os procedimentos de fabricação do açúcar eram feitos pelos escravos, que faziam a colheita da cana-de-açúcar, esmagavam os caules e cozinhavam os caldos – transformando-os em melados. Essa técnica fazia proporcionava a fabricação de um caldo mais grosso, a cagaça, e era dado aos animais junto com os restos da cana.
Você deve estar se perguntando, onde entra a cachaça que estamos acostumados a ver por ai e quem foi o verdadeiro responsável pela invensão dessa bebida? Pois fique sabendo, que o mentor da cachaça foi o tempo e as condições climáticas. Isso mesmo. O clima favorável e o passar dos dias faziam com que o líquido fermentasse, e se torna-se de alto teor alcóolico. Estima-se que um dia um escravo experimentou o líquido e dai se deu a cachaça. Outra teoria afirma que em um momento os escravos misturaram o melaço antigo com o novo ocasionaram uma reação química que fez com que o líquido evaporasse, formando assim gotas no teto do engenho. Enquanto os escravos ficavam nos engenhso as gotas caiam em seus corpos, fazendo arder as feridas causadas pelos ferimentos. Acredita-se que, desse fato, nasceu o termo aguardente. Da mesma forma que as gotas que caiam do teto se dirigiam até a boca dos escravos levaram o nome de pinga.
Não demorou para que a pinga, cachaça, aguardente, braquinha, superasse as barreiras dos engenhos de açúcar e se popularizasse no Brasil e do mundo – o resto é história de mesa de buteco.
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