1 de out. de 2010

Considerações sobre o futuro da política

Ao que parece a onda verde de Marina não passou de uma ressaca marinha.

Pressionada no debate pela posição que ocupa nas pesquisas, Marina definiu como estratégia o ataque.

Não respondia as perguntas e usava seu tempo para criticar o que ela definia com promessometro.

Confusa, perdeu a oportunidade de, mesmo que não chegasse a um suposto segundo turno, solidificar o seu nome como a nova oposição.

Ao que parece, se confirmarem os prognósticos de eleição de Dilma, será mesmo Aécio o detentor do encargo de criação de uma oposição construtiva.

O DEM, independentemente da vontade do presidente, transforma-se-á em um partido nanico.

O PSDB abandona o projeto Serra, e ficará polarizado entre Geraldo Alckmin e Aécio, se este último continuar no partido.

Se Aécio for para o PMDB, pela primeira vez o partido terá um projeto nacional e deixará de ser aquele partido multifacetado.

O PMDB é um caso a parte na política nacional.

O partido tem um poder regional consolidado, mas por culpa da divisão ideológica que possui, não consegue implantar um projeto nacional, o que poderia mudar com Aécio.

O PT passará, em caso de eleição de Dilma, pela prova de fogo como partido de governo.

Os oito anos de Lula serão lembrados pelo poder que teve o presidente em domar um partido, transformando-o em coadjuvante político.

O governo foi de Lula e não do PT.

Com Lula supostamente fora do Planalto, o PT tentará ser mais governo do que foi.

Caberá a Dilma administrar o furor das alas preteridas pelo presidente.

Os quatro anos futuros, economicamente falando, serão fantásticos.

Inúmeras situações conspiram a favor do eleito.

Pré-sal, capitalização da petrobrás, investimentos da olimpíada e copa, fundo soberano, dentre outras situações.

O Brasil pode dar o salto de qualidade que todos esperamos.

Algumas tarefas complicadas como o ajuste do câmbio tem que ser resolvidas nos primeiros meses de governo, se preciso até intervenção no câmbio para preservar a indústria nacional.

A China mantém a moeda desvalorizada, o Brasil deve seguir o mesmo caminho, em que pese a choradeira internacional.

Por fim, a independência da Polícia Federal deve ser preservada, posto que as ações perpetradas até podem causar um sentimento de aumento da corrupção, mas também incutem nos administradores públicos o receio de realizar ações delituosas inerentes ao cargo.

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