Como todos lembram, o Supremo Tribunal Federal (STF) conseguiu, depois de horas, sair da suprema indecisão e mandou, finalmente, aplicar de imediato a Lei da Ficha Limpa, conforme tinham decidido os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com exceção do ministro Marco Aurélio de Mello, uma herança deixada pelo ex-presidente Fernando Collor de Mello.
No julgamento, pontificou, pela habitual impropriedade, o ministro Gilmar Mendes. Por exemplo, Mendes, que está sob suspeita de ter recebido um telefonema com ordem de Serra para tirar de pauta um processo de interesse tucano, disse, na sessão de julgamento do recurso extraordinário de Jader Barbalho, que a Lei de Ficha Limpa era um casuísmo e um oportunismo criado pelo Partido dos Trabalhadores: o relator, José Eduardo Cardoso não apresentou emenda de mudança para os casos de renúncia de mandato parlamentar a fim de evitar a cassção. A previsão consta do projeto de iniciativa popular.
Talvez, o ministro Mendes, não tenha lembrado do informado no horário político do candidato José Serra. O seu vice, Índio da Costa, apresentou-se como responsável pela Lei da Ficha Limpa (presidiu a comissão especial de exame na Câmara). No particular, apropriou-se da iniciativa popular, verdadeiro móvel da mencionada lei, que é moralizante e constitucional: no projeto de iniciativa popular estava previsto o caso de renúncia para escapar à cassação.
Hoje, véspera de eleição, tomo a liberdade de eleger, ad referendum dos leitores deste blog Sem Fronteiras de Terra Magazine, a charge da semana, que está no alto e foi publicada no site Provos Brasil: http://provosbrasil.blogspot.com/2010/10/ficha-limpa-em-pleno-vigor-por-walter.html
–Wálter Fanganiello Maierovitch–
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