25 de fev. de 2011

"Mato um leão por dia para ficar longe da droga", diz João Flávio

Comentário: herdeiro da supergasbrás, viciado em crack. Se auto intitula "rei da luta". Imagina se fosse enfrentar a estigmatização do viciado (o viciado pobre), o judiciário,(que considera todos traficantes) e o sistema carcerário. Quanto ao judiciário, falo da ala mais conservadora que enche prisões.
Do IG

Como se costuma dizer, mato um leão por dia para ficar longe da droga. Talvez seja por isso mesmo que me chamam de ‘rei da luta’. Aceito isso porque é assim que todos que reagem à droga devem se sentir: reis e senhores nessa luta”. O desabafo é do ex-empresário João Flávio Lemos de Moraes (herdeiro dos fundadores da Supergasbras), segundo explica sua filha Isabella Lemos de Moraes no blog em que reúne histórias sobre como superou os problemas causados pela dependência química de seu pai. 

De acordo com ela, após a entrevista ao iG em que adiantou detalhes sobre o livro que irá lançar com revelações íntimas de como a família lidou com a dependência química, João Flávio lhe encaminhou um e-mail manifestando apoio à sua iniciativa.
“Tive medo de o meu pai ficar chateado comigo, mas acho que entendeu minha intenção. O apoio dele é fundamental, por isso publiquei a mensagem que enviou no meu blog”, disse Isabella.

No texto – publicado por Isabella na seção de comentários do iG –, João Flávio declarou: “Hoje, depois de quase 5 anos sem usar drogas, tenho total consciência de quanto mal eu fiz para a família que constituí, incluindo meus pais, meus irmãos e meus amigos verdadeiros”. Na sequência, ele acrescentou: “A droga não só leva as pessoas ao fundo de poço, como também pode torná-las um monstro. Por isso, peço a você, a todos da minha família, aos amigos, e até aos funcionários da companhia que meu querido pai fundou – e a ele mesmo, no céu, onde tenho certeza que está – perdão, de público, pelo sofrimento que causei por todos esse anos em que fui dependente de droga”.
João Flávio, que segundo Isabella também foi diagnosticado como bipolar, conseguiu se livrar da dependência de drogas como o crack, mas diz que ainda é difícil permanecer longe das drogas. Na declaração que escreveu à filha, ele ainda acrescentou: “Em certa época, quando trabalhava lado a lado com meu pai na nossa companhia, em razão do sucesso de uma das empresas do grupo que eu dirigia, a Universal Distribuidora de Títulos e Valores, a mídia me chamou de "rei do open-marketing". Não honrei esse título. Por isso, agora, não vou deixar passar esta oportunidade de corresponder quem me intitula ‘rei da luta’. Muitos conseguiram vencer o vício e eu vou estar incluído nessa estatística. Que Deus me ajude”. 
Na sequência, ele disse apoiar a iniciativa de Isabella em compartilhar o drama pessoal da família em livro, e relatou que o apoio da filha é fundamental para que permaneça afastado dos entorpecentes. “Me orgulho também de ver que você está procurando ajudar as pessoas, falando de sua experiência e mostrando os malefícios da droga. Quero que saiba, minha filha, que seu exemplo de compreensão e amor me dá ainda mais força para lutar todos os dias contra o vício”.

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