José Serra reiteradamente tem se manifestado pela continuidade do processo de fortalecimento do mercado interno.
Isso não é surpresa. No governo FHC ele era voz destoante quanto à financeirização como ordem do dia.
Criticava a atuação do BC quanto ao câmbio, a elevação dos juros, a dependência do capital especulativo, o próprio FHC afirmava que Serra sempre questionava a subserviência dos responsáveis pela política econômica à banca internacional.
Reclamava do sucateamento da indústria nacional, da nocividade da política de valorização do capital especulativo e dos déficits gêmeos.
Não se manifestava publicamente, mas não concordava que a política econômica fosse determinado por pessoas com laços afetivos tão próximos aos especuladores.
Nas reuniões ministeriais era a voz dissonante quanto ao abandono da economia real.
Hoje fala em fortalecimento do emprego, mudança cambial, valorização salarial e continuidade da política de desenvolvimento com atuação estatal.
Se vê que não mudou os discurso, somente se afastou da política econômica que marcou o PSDB.
Em que pese a atuação nociva do partido que indicou o Vice, que não aconteceria mal algum se fosse extirpado da política, Serra tem sensibilidade para não se afastar da política inclusicionista praticada pelo PT.
Serra tem, lá no fundo, um coração um pouco rubro/vermelho.
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