9 de fev. de 2012

Itaú Unibanco retira portas giratórias das agências

Do G1
Itaú Unibanco está retirando as portas giratórias com detectores de metais de suas agências bancárias em todo o país. O equipamento será mantido apenas em locais onde houver lei municipal ou estadual obrigando a manutenção ou onde a equipe de segurança do banco julgar necessário.
Por meio de nota, o banco afirmou que a retirada do equipamento faz parte de um processo que começou após a fusão entre as duas instituições, concluída em 2010.
"A migração das agências Unibanco para o modelo Itaú contemplou também uma mudança de layout, que buscava mais proximidade e transparência no atendimento ao cliente. Além da ausência da porta giratória, os clientes perceberam mudanças na distribuição de senhas, mobiliário e espaços de atendimento."
De acordo com a instituição, mesmo sem as portas giratórias, que foram substituídas por outros mecanismos, as novas unidades mantiveram o nível de segurança oferecido anteriormente.

A manicure Marilza de Cássia Raia prefere agências sem portas giratórias (Foto: Gabriela Gasparin/G1)A manicure Marilza de Cássia Raia prefere
agências sem portas giratórias
(Foto: Gabriela Gasparin/G1)
A manicure Marilza de Cássia Raia, de 40 anos, disse ter gostado da mudança. Ela frequenta uma agência na Avenida Paulista, em São Paulo, que teve a porta giratória retirada. Sem saber que a unidade não possuía mais o modelo de porta, ela foi sem bolsa ao local na manhã desta quinta-feira (9) justamente para evitar dores de cabeça ao e ser impedida de entrar. "Eu nem vim com a bolsa porque não tinha condições de entrar (...). Eu sempre era barrada", afirma.
O garçom Orlando Silva, de 47 anos, frequenta a mesma agência ao menos uma vez ao mês e disse ter ficado satisfeito com a retirada das portas giratórias. "Ficou melhor, assim a gente não fica preso naquela porta", disse. Ele afirmou que quando precisa ir a bancos que ainda possuem as portas giratórias não leva nenhum objeto de metal justamente para não ser impedido de entrar. "Tiro até o relógio."
O auxiliar contábil Luis Chiaradia, de 54 anos, também aprovou a retirada do equipamento. "Ficou melhor, não tem mais que parar na porta para entrar."
Procurada pelo G1, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) disse que a segurança dos seus funcionários e clientes é uma preocupação central das instituições. A federação citou que o investimento anual em segurança dos bancos, de cerca de R$ 9,4 bilhões, é mais de três vezes superior ao valor do início da década.
"Esses investimentos crescentes, aliados a uma série de medidas preventivas, produziram uma redução expressiva dos assaltos nesta década. De 2000 para 2010 houve uma queda de 82%, de 1903 ocorrências para 337", disse, por meio de nota.
Quanto à decisão dos bancos, de tirar ou manter as portas, a Febraban afirmou que, "dentro do que é exigido pela legislação, cada instituição financeira determina os padrões de segurança para suas agências de acordo com sua estratégia de negócio".
Outros bancosA reportagem procurou também outros bancos para saber se pretendem retirar as portas giratórias das agências. O Bradesco afirmou, em nota, que "não tem como política a retirada das portas giratórias de sua rede de agências" e disse que segue um plano de segurança próprio aprovado pela Polícia Federal.
O HSBC disse que não tem planos de retirar as portas de segurança de suas agências bancárias.
G1 aguarda posicionamento do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal e do Santander.

Um comentário:

  1. sE O BANCO QUER FACILITAR O ACESSO DE BANDIDOS que arque com as consequências.
    Para o itaú transparência é retirar as portas hahaha é muito cômico, que tal baixar as taxas e os juros, deixar de impôr contratos abusivos, remunerar melhor as aplicações, atender bem no SAC, não sujar o nome das pessoas indevidamente no SERASA, etc etc etc...

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